Perto de completar um ano, Pix revoluciona sistema de pagamentos
Lançado em 16 de novembro de 2020, ferramenta facilitou a vida do brasileiro e reduziu os custos de operação para consumidores e empresários. De acordo com o Banco Central, até setembro 101,3 milhões de pessoas físicas aderiram ao sistema
O Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central, completa o primeiro ano de operação no próximo dia 16 de novembro. Ao longo desses primeiros 365 dias de funcionamento, os números mostram um salto significativo no uso da ferramenta. De acordo com dados do Banco Central, foi registrado crescimento de 639% em quantidade de usuários, indo de 13,7 milhões de pessoas físicas em novembro de 2020, na sua estreia, para 101,3 milhões em setembro deste ano.
Regulamentado pelo BC e franqueado por instituições bancárias e fintechs, o Pix surgiu para preencher uma lacuna na vida dos brasileiros: a de transferência bancária instantânea e disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e sem custos para pessoas físicas. "Entendemos que o Pix veio para ficar e continuará crescendo. Uma forma de pagamento que vai gerar inclusão, melhoria no custo operacional das pessoas e das empresas", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. No caso de empresas, a taxa varia entre cada banco, mas fica entre R$ 0,50 e R$ 10.
As instituições financeiras comemoram. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) relatou que em um ano de funcionamento do Pix, os volumes significativos de transações e de adesões de clientes à ferramenta de pagamento instantâneo comprovam a eficiência e a aceitação. "Trouxe conveniência e facilidades para os clientes no dia a dia. Apenas no mês de setembro de 2021, tivemos 1,04 bilhão de transações com o Pix, totalizando um volume de R$ 554 bilhões e mais de 330 milhões de chaves cadastradas. Neste mês, pouco mais de 101 milhões de pessoas fizeram ou receberam, pelo menos, um Pix", declarou.
Conforme a Febrabran, desde o lançamento, o Pix se mostra uma importante oportunidade para o Brasil reduzir o uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totalizam cerca de R$ 10 bilhões anuais. "O Pix é uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país, trazendo novos clientes para o sistema financeiro. Um dos focos da agenda de evolução e aprimoramento do Pix é adicionar funcionalidades nas transações entre pessoas e empresas. Entre eles estão o Pix Saque, Pix Troco, Pix Garantido e Débito Automático no Pix. A incorporação de novas funcionalidades será um processo permanente", ressaltou.
Lucas Gonzalez, estrategista da Koin, fintech do Grupo Decolar, destaca que o Pix mostrou que a indústria financeira do Brasil está à frente da de outros países da América Latina e até de muitos desenvolvidos. Ainda está em período de ajuste, mas, mesmo assim, nesse ano, já representa 8% de todas as transações da empresa. "Um percentual muito alto. Ajudou muito a impulsionar as vendas e a baixar o custo dos comerciantes. Cada transação, que custava entre R$ 7 e R$ 10, hoje, está por R$ 1 para o consumidor, ou seja, uma queda de, praticamente, 90%", contabiliza Gonzalez.
Fonte: Correio Brasiliense
Data: 10/11/2021